Bem-vindos ao Impérios Rex e Lady Marian!

Bem-vinvos ao Impérios Rex e Lady Marian!


Este site foi criado objetivando trazer um pouco de entretenimento, ao meu ver, saudável, pelo menos pra mim, que gosto de escrever, ler e comentar, e a partir daí gerar discussões sobre os temas quadrinhos, cinema, seriados de TV e até pequenos textos, que poderão agradar a alguns e desagradar a outros tantos. Sem fins lucrativos, apenas mera distração inconsequente. Pode parecer similar a outros já existentes, mas perceberão com o tempo um diferencial agradável. Enfim, vamos entrar no espaço do Impérios Rex e Lady Marian. Sejam realmente bem-vindos! Este espaço é para todos!

sábado, 10 de dezembro de 2016

EIS O MOTOQUEIRO FANTASMA


MOTOQUEIRO FANTASMA (THE GHOST RIDER)




A Panini Comics traz de volta as primeiras histórias do Motoqueiro Fantasma dentro da publicação Coleção Marvel Terror, após o sucesso de A Tumba de Drácula.
Antes de começarmos, queria destacar que o nome original do Motoqueiro Fantasma é Ghost Rider, o que, numa tradução literal teria o nome de Condutor Fantasma. Tanto é assim, que o primeiro Ghost Rider era um Cavaleiro da época do faroeste – numa época em que o gênero do faroeste fazia muito sucesso -, criado em 1961 por Gary Friedrich e Roy Thomas, os mesmos criadores do Motoqueiro.




 Também, nos anos 90, surgiu sua versão mais popular, o Motoqueiro Fantasma, Danny Ketch, criado por Howard Mackie e Javier Saltares, cuja revista durou oito anos. A origem dele acontece após Danny e a irmã serem perseguidos por ninjas e o rapaz, sem querer, toca numa motocicleta encantada e se torna o novo Motoqueiro Fantasma. Entretanto o Motoqueiro que foi encarnado nos filmes com Nicholas Cage, foi o do que vamos falar agora, Johnny Blaze.
Buscando uma cura para uma rara doença sanguínea de seu pai adotivo, Crash Simpson, Blaze faz um pacto com Satã, trocando sua alma pela do velho. Mas Satã trapaceia e Simpson acaba morrendo numa demonstração de acrobacias motociclísticas. Blaze, que havia jurado a sua mãe adotiva nunca mais usar uma moto em público, toma o lugar de Simpson e, como o Motoqueiro Fantasma quebra seu recorde, saltando 42 carros. Assim, Blaze e sua irmã adotiva/ namorada/donzela em perigo Roxanne passam a se apresentar pelo país, enfrentando fileiras de carros, feiticeiros e demônios.

Levando para o contexto da época, os anos 70, foi um dos pontos de mudança do Código dos Quadrinhos, que então permitia que criaturas sobrenaturais pudessem ser usadas nos quadrinhos. Nessa época revistas de horror como Creepy e Eerie faziam muito sucesso. Isso logo atraiu a Marvel para esse nicho. O Motoqueiro Fantasma, junto com Drácula, Lobisomem, Zumbi e a Múmia foi um dos personagens que surgiram nessa leva. A primeira aparição de Blaze se deu em Marvel Spotlight #5, e durou até a edição 11, quando o anti-herói ganhou sua revista própria.

As histórias contidas nesse volume não possuem o clima de terror que, por exemplo, uma Tumba de Drácula possui. Elas são mais “moderninhas”, se é que se pode falar assim de uma revista publicada há quase 40 anos atrás. As legendas, por exemplo, conferem um clima noir, semelhante ao Sin City de Frank Miller. O início da história já mostra uma chuva inclemente caindo sobre a cabeça fumegante e incandescente do Motoqueiro Fantasma. Esse recurso é mais presente nas primeiras histórias e dão uma certa literariedade para a trama. Já o traço sinuoso de Mike Ploog confere uma sensualidade sinistra á história tanto nas curvas e no rosto inocente de Roxie, quanto no peito nu de Blaze e nos couros do Motoqueiro Fantasma. Depois, Plogg deixa o título a cargo de Tom Sutton.

Por outro lado, muitos rituais de satanismo são vistos nas histórias, coisas que mesmo hoje em dia em histórias de autores renomados, como Jason Aaron, que tem um pé no satanismo e fez uma das melhores fases do Motoqueiro, existem. Nas histórias dos anos 70 eles possuem uma força e potência que as histórias atuais não possuem.
Nas histórias também se fazem presente sequências muito interessantes de perseguições ao Motoqueiro Fantasma que faz fugas inexplicáveis e malabarismos incríveis, que seria muito legais de serem vista em filmes – os dois filmes com o Nicholas Cage não contam, tá certo? Depois do primeiro arco resolvendo a confusão entre Crash e Roxanne, temos uma história com Blaze tentando saltar um cânyon, porém é impedido pelos índios, se envolvendo com rituais de feitiçaria xamânica. Essa história nos leva ás origem do personagem Ghost Rider que, como falei era um Cavaleiro do velho oeste.
Hoje em dia na Marvel não há uma publicação do Motoqueiro. Porém, o personagem – e o Cavaleiro Fantasma – ganharam duas minisséries pelo selo MAX por Garth Ennis e Clayton Crain. A última publicação com o título Ghost Rider foi cancelada ano passado e trazia Robbie Reyes, o Motorista Fantasma, que dirigia um carango enlatado e cujo visual foi inspirado em Zayn Malik, ex-integrante da banda One Direction. Ainda, após a saga A Essência do medo, tivemos uma nova Motoqueira Fantasma, chamada Alejandra, mas seu título foi um fracasso que durou apenas 8 edições.
Esperemos que a Panini Comics dê sequência à série do Motoqueiro. 
Este volume 01 trás histórias publicadas em Marvel Spotligth 05 (Agosto/1972), 06 (Outubro/1972), 07 (Dezembro/1972), 08 (Fevereiro/1973), 09 (Abril/1973), 10 (Julho/1973), 11 (Agosto/1973),  e Ghost Rider 01 (Setembro/1973). 



Nenhum comentário:

Postar um comentário