CASABLANCA – UM CLÁSSICO QUE DEVE
SER VISTO
Um filme marcante,
apaixonante, eletrizante, e poderia utilizar-me de mais adjetivos, mas seriam insuficientes para descrevê-lo. Perdi a conta de quantas vezes já vi e revi, e em todas torço para que tenha
um outro final, Rick fugindo com Ilza. Muitos torcem o nariz por não gostarem de ver um filme em preto e branco. Este deve ser visto. A fotografia é exuberante. As côres tirariam o charme. Uma obra magnifica da sétima arte.

Casablanca, vencedor de três Oscar, em 1943, é considerado
pela maioria dos críticos o maior clássico de Hollywood, mas transcende meras
categorizações, transitando do clássico ao cult e constando em diversas listas
de “filmes do século”, inclusive em uma delas como a obra cinematográfica mais
marcante de todos os tempos.
Há duas fases distintas na trama: a primeira ocorre quando os alemães invadem e ocupam Paris; a segunda passa-se na cidade que dá título ao filme: Casablanca, no Marrocos, sob domínio da França de Vichy, um local efervescente, onde se cruzam pessoas de várias procedências, especialmente aquelas que procuram fugir dos tentáculos nazistas, mormente rumando por avião ao neutro Portugal.
A história: Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Casablanca, localizada no Marrocos, então governado pela França de Vichy, era o penúltimo ponto na rota à América. Os refugiados que ali residiam necessitavam de um visto para Portugal, e apenas em Lisboa embarcariam em um navio para o Novo Mundo. Um dos locais de encontro era o bar Rick´s.
Seu dono,
Rick Blaine (Humphrey Bogart) é um homem que tenta não se envolver com a
política, pois seu estabelecimento é freqüentado por todos os tipos de
clientes, como nazistas, aliados, ladrões, entre outros. Rick também é amigo do
corrupto Capitão Renault (Claude Rains).
Um dia, um major alemão (Conrad Veidt) vai a Casablanca em busca de um ladrão que havia roubado dois vistos. O casal que necessitava destes documentos para sua fuga à América era Ilsa Lund (Ingrid Bergman) e Victor Lazlo (Paul Henreid), importante líder da resistência Tcheca.
Em flashback, o telespectador retorna à época da ocupação de Paris: enquanto cidades são invadidas pelos alemães, duas pessoas conseguem viver um romance intenso e inesquecível em Paris.
Um dia, um major alemão (Conrad Veidt) vai a Casablanca em busca de um ladrão que havia roubado dois vistos. O casal que necessitava destes documentos para sua fuga à América era Ilsa Lund (Ingrid Bergman) e Victor Lazlo (Paul Henreid), importante líder da resistência Tcheca.
Em flashback, o telespectador retorna à época da ocupação de Paris: enquanto cidades são invadidas pelos alemães, duas pessoas conseguem viver um romance intenso e inesquecível em Paris.
O que
torna a história mais interessante é exatamente a impossibilidade deste amor
continuar. O roteiro e os diálogos do filme, são perfeitos nesse sentido. llsa,
interpretada pela bela atriz sueca lngrid Bergman, apaixona-se por Rick, o
charmoso Humphrey Bogart, mas, em vez de fugir com ele de Paris, manda-lhe um
bilhete de despedida na estação de trem. Ele parte sem entender o que havia
acontecido.
Anos
depois já em Casablanca, ela reaparece com seu marido, o herói Victor Laszlo,
justamente no Rick's Bar, do qual o personagem de Bogart é dono. Eles estão à
procura de um meio de fugir para a América. Rick e Ilsa se encontram e
relembram o passado que tiveram juntos. Na tela, a música imortal deste
relacionamento (As time goes by) é interpretada por Sam (Dooley Wilson).O
sofrimento de Rick ao vê-la é inevitável e ela fica novamente dividida entre
seus dois amores. O final é realmente surpreendente. Mas o sucesso do filme,
que até hoje continua ganhando muitos fãs de todas gerações, explica-se pela
fórmula bem dosada de romance, humor, intriga e suspense.
Alguns
momentos marcantes do filme:
* O clima fica tenso quando o líder da resistência francesa Victor Laszlo desafia os nazistas, levando os freqüentadores do bar a cantar o hino da França, A Marselhesa, abafando as vozes dos alemães que entoavam um hino germânico ao piano.
* São
memoráveis os diálogos do filme, com deliciosas frases salpicadas de ironias,
verdades, blefes, chavões e outros ingredientes.
Eis alguns exemplos:
Ao
investigar um assassinato, o sarcástico chefe de polícia ordena a seus comandados:
- Prendam os suspeitos de sempre.
Quando um nazista sugere a Rick (Bogart) que a Alemanha poderia invadir os EUA, ele diz:
- Há certos locais de Nova York que eu não os aconselharia a invadir.
- Prendam os suspeitos de sempre.
Quando um nazista sugere a Rick (Bogart) que a Alemanha poderia invadir os EUA, ele diz:
- Há certos locais de Nova York que eu não os aconselharia a invadir.
*Um dos diálogos mais famosos é entre Ilsa (Bergman) e o cantor Sam:
Ilsa: Toque uma vez, Sam. Pelos bons velhos tempos.
Sam: Eu
não sei o que você quer dizer, Senhorita Ilsa.
Ilsa:
Toque, Sam. Toque "As Time Goes By".
*No final do filme, o capitão Renault joga a garrafa de água Vichy no lixo num claro protesto contra o protecionismo francês.

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