Bem-vindos ao Impérios Rex e Lady Marian!

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Este site foi criado objetivando trazer um pouco de entretenimento, ao meu ver, saudável, pelo menos pra mim, que gosto de escrever, ler e comentar, e a partir daí gerar discussões sobre os temas quadrinhos, cinema, seriados de TV e até pequenos textos, que poderão agradar a alguns e desagradar a outros tantos. Sem fins lucrativos, apenas mera distração inconsequente. Pode parecer similar a outros já existentes, mas perceberão com o tempo um diferencial agradável. Enfim, vamos entrar no espaço do Impérios Rex e Lady Marian. Sejam realmente bem-vindos! Este espaço é para todos!

sábado, 28 de fevereiro de 2015

LEONARD NIMOY - A FRONTEIRA FINAL






“VIDA LONGA E PRÓSPERA MR. SPOCK”, A VERDADEIRA JORNADA INICIA-SE AGORA!


Leonard Nimoy morreu nesta Sexta Feira 27/02/2015 aos 83 anos, vitima de uma doença pulmonar obstrutiva crônica, doença que ele assumiu que sofria, ano passado,  atribuída ao hábito de fumar, que ele manteve por anos, tendo abandonado o cigarro há mais de três décadas. Ele estava internado desde segunda-feira em um hospital na Califórnia.
Suas atividades artísticas — poesia, fotografia e música, além da atuação — iam muito além da Federação dos Planetas Unidos, mas foi como Sr. Spock que Nimoy virou praticamente um herói do folclore, dando vida a um dos personagens mais inesquecíveis da segunda metade do último século: um alienígena  vulcano cerebral e impertubável, com suas orelhas pontudas e a célebre saudação, seguida do sinal com os dedos: "Vida longa e próspera".
Nimoy certa vez disse: -  "com Spock, eu finalmente achei o melhor de dois mundos: ser extremamente reconhecido pelo público e ainda assim ser capaz de continuar interpretando o alienígena isolado através do personagem de Vulcano".


Os amigos Kirk, McCoy e Spock

"Star trek", que estreou na rede NBC em 8 de setembro de 1966, fez de Nimoy um astro. Gene Roddenberry, o criador da franquia, o chamou de "a consciência de 'Star trek'" — um programa ora sério, ora exagerado que empregava o futuro distante (assim como alguns efeitos especiais primitivos para os padrões atuais) para abordar questões sociais dos anos 1960.
Seu estrelato perdurou. Embora a série tenha sido cancelada depois de três temporadas por conta da baixa audiência, a devoção dos fãs foi mantida, inclusive quando "Star trek" deu origem a um desenho animado, a várias outras séries e a alguns filmes estrelados por parte do elenco original, incluindo — além de Nimoy — William Shatner (como o Capitão James Kirk), DeForest Kelley (Dr. McCoy), George Takei (Sulu), James Doohan (Scott), Nichelle Nichols (Uhura) e Walter Koenig (Chekov).


Jornada nas Estrêlas II - A Ira de Khan

 A sua predisposição para entreter foi além de "Star trek" e atravessou gêneros. Ele estrelou a série de TV "Missão impossível" e frequentemente atuou nos palcos, como na peça "Um violinista no telhado". Escreveu poesias e publicou livros de fotografia. Também dirigiu filmes, incluindo dois da franquia "Star trek", além de séries de TV. E gravou álbuns, nos quais cantava canções pop, assim como músicas sobre "Star trek" — para o deleite dos fãs e o espanto dos críticos.
Mas tudo isso era pequeno perto do Sr. Spock, o membro mais complexo da equipe da Enterprise: uma criatura e um amigo que às vezes travava uma batalha entre as suas metades raciais.
Num dos episódios mais marcantes, Nimoy buscou inspiração em dois atores que admirava, Charles Laughton e Boris Karloff, ambos intérpretes de personagens monstruosos — Quasimodo e Frankenstein — que são transformados pelo amor. No episódio 24, exibido pela primeira vez em 2 de março de 1967, Spock realmente se transforma. Sob a influência de esporos afrodisíacos que ele descobre no planeta Omicron Ceti III, liberta seu lado humano e anuncia seu amor por Leila Kalomi (Jill Ireland), uma mulher que havia conhecido na Terra. Nesse episódio, Nimoy levou à metamorfose de Spock não só carinho e compaixão, mas também um conceito rarefeito de alienação.
"Sou o que sou, Leila", declarou-se o Sr. Spock. "E se houver purgatórios criados por nós mesmos, então todos nós temos que viver neles. Os meus não podem ser piores que os dos outros."


A Ira de Khan
Leonard Simon Nimoy nasceu no dia 26 de março de 1931, em Boston, Massachussetts, filho de imigrantes judeus ucranianos. Aos oito anos de idade, ele começou a se apresentar em produções locais. Estudou arte dramática, mas não chegou a se formar na época. Em 1951, fez sua estreia no cinema com pontas em filmes como Um Gato na Minha Vida, Francis na Academia e Zombies of the Stratosphere.
Ele chegou na TV em 1953, fazendo participações em teleteatro e episódios de séries. Ao longo de sua carreira, foi visto em Patrulha Rodoviária, Broken Arrow, Cimarron City, Dragnet, Colt 45, Aventura Submarina, O Rebelde, Bonanza, 87th Precinct, Além da Imaginação, Cem Homens Marcados, Os Intocáveis, A Caravana, Perry Mason, Dr. Kildare, Quinta Dimensão/The Outer Limits, O Homem da UNCLE, Histórias do Velho Oeste/Death Valley Days, O Homem de Virgínia, Combate, Daniel Boone, Agente 86, Gunsmoke, Galeria do Terror, Teatro de Contos de Fada, Columbo, Carro Comando, e a minissérie Marco Polo, entre outras. Mais recentemente, sua voz foi ouvida em um episódio de The Big Bang Theory.

 
Missão: Impossível
 
Na década de 1960, ele conseguiu o papel de Sr. Spock, que o tornaria famoso. Após fazer uma participação em um episódio de The Lieutenant, de Gene Roddenberry, Nimoy foi convidado por ele para interpretar um personagem meio homem, meio alienígena, em uma série que Roddenberry estava desenvolvendo para a rede NBC: Jornada nas Estrelas. Um primeiro piloto foi produzido em 1965, pelos estúdios Desilu, do casal Desi Arnaz e Lucille Ball, ambos da série I Love Lucy. Com o título de The Cage, o piloto foi apresentado aos executivos do canal, que o rejeitaram por considerá-lo intelectual demais para o público da época. Um segundo piloto foi produzido e um novo elenco foi contratado. Apenas Nimoy se manteve. A série foi então aprovada, fazendo sua estreia em 1966
Conquistando uma baixa audiência, a série sofreu ameaça de cancelamento após sua segunda temporada, sendo salva pelos fãs que, liderados por Roddenberry, fizeram uma campanha para evitar o fim da produção. Uma terceira temporada foi encomendada, mas cortes no orçamento comprometeram a qualidade do programa. Com isso, a última temporada ofereceu os episódios mais fracos da série. O cancelamento definitivo veio em 1969, após 79 episódios produzidos. Como ocorre com as séries que encerraram sua produção, ela entrou no circuito de reprises, sendo apresentada por canais regionais. Foi lá que surgiu o culto em torno de Jornada nas Estrelas, que já fazia carreira no circuito de convenções. Aliás, foi uma convenção que trouxe o ator para o Brasil, onde ele conheceu seu público brasileiro.


Nimoy voltou ao personagem ao emprestar sua voz a Spock na série animada de Jornada nas Estrelas produzida na década de 1970 pela Filmation. Ele retornaria à pele de Spock com a franquia cinematográfica, que teve seu primeiro filme lançado em 1979, após o estrondoso sucesso de Guerra nas Estrelas nas bilheterias. Ao todo, foram produzidos seis filmes com a tripulação da série clássica, sendo que dois deles foram dirigidos por Nimoy.
Em 2009, uma nova versão cinematográfica da série clássica começou a ser produzida. Estrelados por outros atores, os filmes mostram a versão mais jovem da tripulação da nave Enterprise. Nimoy foi o único (ao menos até agora) que retornou ao seu personagem. Interpretando o Spock de um universo paralelo, ele encontra sua versão jovem na pele de Zachary Quinto. A última aparição de Nimoy na franquia foi no segundo filme, lançado em 2013.



Apesar da fama que Spock lhe deu, Nimoy temia ter ficado marcado com o personagem, o que o levou a tentar se afastar dele na década de 1970.  Foi com este objetivo que publicou sua primeira autobiografia, I Am Not Spock, em 1975, no qual travava diálogos com Spock, na tentativa de lidar com sua crise de identidade, com o vulcano representando a razão e o ator a emoção. Mais tarde, já tendo feito as pazes com o personagem, ele publicou sua segunda autobiografia, I Am Spock, em 1995, na qual revelava que, como duas almas gêmeas, eles finalmente tinham se unido.
Em 1969, logo após o cancelamento de Jornada nas Estrelas, Nimoy entrou para o elenco de Missão: Impossível, substituindo Martin Landau como ‘o homem das mil faces’. Na história, ele é Paris, um ex-mágico e especialista em disfarces selecionado por Jim Phelps (Peter Graves, já falecido) para atuar em casos especiais para o governo. O ator ficou no elenco até 1971, ano em que Bruce Geller, o criador da série, foi demitido da função de produtor. Assim, Nimoy decidiu deixar a série para seguir com sua carreira. Sua última série foi Fringe, na qual teve participações recorrentes como William Bell, entre 2009 e 2012.
Nimoy foi indicado quatro vezes ao Emmy, sem nunca ter ganho. As três primeiras foi com o Sr. Spock e a quarta com a minissérie A Woman Called Golda, estrelada por Ingrid Bergman, na qual ele interpretou o marido da Primeira Ministra de Israel, Golda Meir.  No teatro, ele foi Stanley Kowalski em uma montagem de 1955 em Atlanta de Uma Rua Chamada Pecado; também foi Tevye em uma montagem de O Violinista no Telhado, de 1971; Sherlock Holmes em 1976 e Vincent Van Gogh no monólogo Vincent: The Story of a Hero, entre 1978 e 1980.
Além de ator e diretor, Nimoy fez vários trabalhos de dublagem em produções animadas. Ele também era um conhecido fotógrafo, especializado em imagens em preto e branco, tendo feito diversas exposições de seu trabalho. Como fotógrafo e poeta, publicou alguns livros, com imagens acompanhadas de poesias escritas por ele.
Em 1954, ele se casou com a atriz Sandi Zober, com quem teve dois filhos, Adam e Julie Nimoy. O casal se divorciou em 1987. Em 1989, ele se casou com a atriz Susan Bay, com quem ainda vivia. Nimoy teve seis netos e um bisneto.
Um de seus melhores amigos era o ator William Shatner, que interpretou o Capitão Kirk em Jornada nas Estrelas. Além das produções do universo trekker, os dois trabalharam juntos em um episódio de O Agente da UNCLE  e em Carro Comando, série estrelada por Shatner. Em seu perfil do Twitter, Shatner disse que amava Nimoy como a um irmão e que todos sentirão falta de seu humor, de seu talento e de sua capacidade para amar.


Com William Shatner em Carro Comando

Em seu Facebook, Takei disse: ‘hoje o mundo perdeu um grande homem e eu perdi um grande amigo. Nós o devolvemos agora para as estrelas Leonard. Você nos ensinou a ter uma vida longa e próspera. Algo que você com certeza teve amigo. Eu sentirei sua falta em muitas, muitas formas’.
Em sua última mensagem postada no Twitter, Nimoy disse que ‘a vida é como um jardim. Momentos perfeitos podem ser cultivados, mas não preservados, a não ser na memória’.






















Zachary Quinto o novo Spock











Até o Jornal Nacional se rendeu à morte de Leonard Nimoy. Na noite de sexta-feira (27/02) os apresentadores do telejornal mais conhecido do pais, William Bonner e Renata Vasconcelos, posaram na bancada fazendo o famoso gesto do personagem mais conhecido de Nimoy, o Sr. Spock, da série Jornada nas Estrelas. Eles se uniram a outros rostos conhecidos do público, que também usaram a web para lamentar a morte de Nimoy, famoso pelo bordão: "vida longa e próspera". 







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